Seu carrinho está vazio.
Fernanflor é
o épico, a saga de Jeroni Fernanflor. Uma obra-prima construída com a precisão
e o preciosismo com que se constroem os melhores relógios. É lindo e
surpreendente o que Sidney Rocha evoca e solidifica com as palavras. E essa
obra de arte recebe todo o cuidado desse criador, do texto à concepção estética
e gráfica do livro. Só que esse relógio marca o que a ciência não atinge, nunca
atingirá. Fernanflor marca o tempo interno. Jeroni Fernanflor é artista plástico,
igualmente mestre em sua arte.
Ele
é um ser invadido por silêncios, e até isso Sidney é capaz de fazer, talvez a
maior dificuldade a meu ver: Sidney consegue escrever o silêncio. O silêncio
transforma as coisas, as faz crescer. E se seguimos esse épico atentos perceberemos
um pequeno rumor, que registra o som dos ossos de Jeroni Fernanflor.
Os
dele e os nossos, naturalmente. Jeroni Fernanflor pintou os famosos, e sei que
seria fama passageira se ele não os tivesse eternizado. Ao mesmo tempo, Jeroni
se eternizou. Jeroni torna Sidney apenas um borrão, enquanto ele ganha carne.
Sidney Rocha é apenas um instrumento.
E
Jeroni nos engole. Jeroni me engoliu. Estou dentro dele, agora. Mas o livro
acabou. Falo dessa coisa triste que é o livro depois de lido. Fernanflor é um romance fabuloso. Naturalmente, voltarei a
ler ou a dar corda para assistir ou fruir a este espetáculo. Quanto aos
elementos pictóricos deste livro destaco o capítulo “A ilha”. Queria fugir da
expressão óbvia de que Sidney pinta com palavras, mas não dá. Fernanflor não é apenas texto ou literatura. Fernanflor é uma escritura. E terminar sua leitura
é ter no peito o escorpião do remorso ou da tristeza. É quase o que veremos em
nosso momento final. Quando não haverá mais a mística só a burocracia. Boa
leitura. Sejam engolidos por um vazio maior do que o de Jonas.
Lourenço Mutarelli
♥ Contra o estilo | Jornal Rascunho por José Castello ![]() |
Autor(a) | Sidney Rocha |
Nº de páginas | 112 |
ISBN | 978-85-7321-484-0 |
Formato | 13,5x22,5 cm |
***
[SEGUNDA: ARTE1 RESOLVE COMEÇAR 2020 ASSIM] Spotify: https://spoti.fi/2tewWNYi Tunes: https://apple.co/2qY6UNY Deezer: http://bit.ly/2P597in Google Podcasts O contista e romancista Sidney Rocha conversa com Manuel da Costa Pinto sobre o protagonismo da linguagem. Neste episódio, Rocha fala sobre “A Estética da Indiferença”, segundo livro da trilogia “Geronimo” - iniciada em 2015 com “Fernanflor”. Além de comentar sobre a escolha dos títulos de seus livros, o escritor aponta as influências presentes em “O Destino das Metáforas”, livro ganhador do prêmio Jabuti de 2012. |
Contra o estilo | Jornal Rascunho por José Castello
***
SIDNEY ROCHA IMAGINA CIDADE FICTÍCIA E HEDONISTA EM NOVO ROMANCE ♥
Fonte: Estadão
por Ney Anderson
jornalista e editor do site de literatura Angústia Criadora
***
https://arte1play.com.br/colecoes/degustacao-2742/arte1-comtexto%3A-sidney-rocha-35033
Em conversa com o crítico literário Manuel da Costa Pinto, o contista e romancista Sidney Rocha fala sobre “A Estética da Indiferença”, segundo livro da trilogia “Geronimo” - iniciada em 2015 com “Fernanflor”. Além de comentar sobre a escolha dos títulos de seus livros, o escritor aponta as influências presentes em “O Destino das Metáforas”, livro ganhador do prêmio Jabuti de 2012, e fala sobre como a linguagem é a protagonista de sua produção literária.
direção: Iano Coimbra
categoria: LITERATURA
SIDNEY ROCHA E SUA TRILOGIA CROMANE
Neste episódio do Berrante, conversamos com o escritor Sidney Rocha. Aqui, ele fala da sua Trilogia Cromane, composta pelos romances Fernanflor, A estética da indiferença e Flashes. O autor ainda fala sobre a relação entre o real e a imaginação, como trabalha o espaço em sua obra, fala do início da sua carreira como escritor, a luta pela memória, a necessidade do esquecimento, fala da sua experiência na poesia e dos seus estudos e investigações para se chegar ao resultado da Trilogia Cromane.